10/02/2025
A administração de medicamentos em crianças exige atenção redobrada, pois o organismo infantil reage de maneira diferente aos remédios. Desde os primeiros meses de vida, pode ser necessário o uso de medicamentos para tratar condições como febre e infecções, mas a recomendação médica é indispensável. A automedicação pode levar a efeitos adversos graves, já que a dosagem e o tipo de medicamento permitido variam conforme a idade e o peso da criança.
Mesmo os remédios de venda livre devem ser administrados com cautela. Muitas substâncias utilizadas para tratar sintomas comuns, como gripe e resfriado, possuem contraindicações para crianças pequenas. O uso indevido pode gerar reações inesperadas e, em alguns casos, até agravar o quadro clínico. Além disso, a ausência de testes específicos para o público infantil pode representar riscos desconhecidos.
Identificar alergias a medicamentos é outra preocupação essencial. Algumas crianças podem desenvolver reações alérgicas, manifestadas por sintomas como erupções na pele, inchaço, dificuldade respiratória e até alterações no comportamento. “Os pais devem estar atentos a qualquer sinal incomum após a administração de um medicamento e buscar auxílio médico imediatamente em caso de reações adversas”, orienta José Geraldo Gaurink Dias, diretor geral da Escola Siena, de Serra (ES). Manter um registro dos medicamentos utilizados e das reações observadas é uma forma eficiente de evitar futuras complicações.
O excesso de remédios também pode comprometer a saúde da criança. A intoxicação medicamentosa é um risco real, principalmente quando há erro na dosagem ou uso prolongado sem necessidade. Antibióticos administrados sem critério, por exemplo, podem contribuir para o desenvolvimento de resistência bacteriana, tornando infecções futuras mais difíceis de tratar. O uso frequente de analgésicos e antitérmicos pode mascarar sintomas importantes, retardando o diagnóstico de doenças mais graves.
Manter uma farmacinha infantil organizada e segura é fundamental. Apenas medicamentos prescritos por um médico devem estar disponíveis, sempre armazenados fora do alcance das crianças. “O ideal é que os pais tenham em casa apenas os medicamentos essenciais, evitando estoques desnecessários que podem representar riscos de ingestão acidental”, ressalta o diretor da Escola Siena. Entre os itens recomendados estão antitérmicos apropriados para a idade, soluções de reidratação oral e termômetros.
Para garantir a segurança no uso de medicamentos, algumas medidas são indispensáveis. A consulta a um pediatra deve sempre preceder a administração de qualquer remédio. Seguir rigorosamente as instruções de dosagem, utilizar seringas dosadoras para evitar erros e observar atentamente possíveis reações são passos essenciais para um tratamento seguro. Além disso, remédios nunca devem ser compartilhados entre crianças, pois cada uma tem necessidades específicas. Para saber mais sobre remédios para crianças, visite https://oglobo.globo.com/saude/saiba-quais-sao-os-riscos-de-usar-remedios-em-criancas-sem-orientacao-pediatrica-5106276 e https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/perigos-da-automedicacao-em-criancas.htm