03/02/2025
A seletividade alimentar é um desafio enfrentado por muitas famílias, especialmente na fase pré-escolar, quando a criança pode demonstrar resistência a experimentar novos alimentos. Esse comportamento, que pode se estender até a adolescência, impacta a nutrição e o convívio social da criança. Entre as principais causas estão fatores genéticos, experiências sensoriais e associações negativas com a alimentação. Para lidar com essa dificuldade, é essencial adotar estratégias como a criação de um ambiente positivo durante as refeições e o incentivo à participação da criança no preparo dos alimentos, ajudando a tornar a alimentação mais variada e equilibrada.
A recusa a determinados alimentos pode ocorrer por diferentes razões. Algumas crianças têm sensibilidade elevada a cheiros, sabores e texturas, tornando a experiência alimentar desconfortável. Outras podem ter desenvolvido aversão por conta de experiências negativas, como episódios de refluxo ou alergias, associando certos alimentos ao desconforto. Além disso, fatores genéticos também desempenham um papel na predisposição à seletividade alimentar.
“É natural que algumas crianças passem por fases de seletividade alimentar, mas o acompanhamento atento dos pais e educadores pode fazer toda a diferença”, afirma José Geraldo Gaurink Dias, diretor geral da Escola Siena, de Serra (ES). Ele ressalta que o papel da família é fundamental para criar um ambiente alimentar acolhedor e sem pressões, favorecendo a aceitação de novos alimentos ao longo do tempo.
É importante diferenciar a seletividade alimentar da neofobia alimentar, que se caracteriza pelo medo intenso de experimentar novos alimentos. Enquanto a seletividade está relacionada à preferência por comidas familiares, a neofobia envolve uma aversão mais profunda, muitas vezes acompanhada de reações emocionais como ansiedade e frustração diante de comidas desconhecidas. Nos dois casos, é fundamental evitar confrontos à mesa e buscar formas naturais e progressivas de ampliar o repertório alimentar da criança.
As consequências da seletividade alimentar podem ser significativas. O consumo restrito de alimentos pode levar a deficiências nutricionais, afetando o crescimento, o desenvolvimento cognitivo e o fortalecimento do sistema imunológico. Além disso, a dificuldade em aceitar novos alimentos pode impactar o convívio social da criança, que pode evitar festas e passeios escolares por medo de enfrentar situações desconfortáveis com a comida.
A melhor forma de lidar com a seletividade alimentar é a paciência aliada a estratégias eficazes. Criar um ambiente tranquilo para as refeições, sem distrações como televisão e celulares, contribui para que a criança preste mais atenção à comida. Outra abordagem positiva é envolvê-la no preparo das refeições, permitindo que escolha ingredientes e participe do processo de cozimento, tornando o momento mais lúdico e interativo. Segundo José Geraldo Gaurink Dias, incentivar a criança a conhecer e manipular diferentes tipos de alimentos sem imposição direta pode ajudar na aceitação gradual de novas opções.
Cada criança tem seu tempo para ampliar o repertório alimentar, e respeitar esse processo é essencial. Com paciência, incentivo e um ambiente positivo, é possível reverter a seletividade alimentar e garantir uma alimentação mais equilibrada e saudável. Para saber mais sobre seletividade alimentar infantil, visite https://www.educarenutrir.com.br/blog/16/seletividade-alimentar-na-infancia-como-tratar e https://www.ipgs.com.br/seletividade-e-neofobia-alimentar-na-infancia/