09/12/2024
O medo é uma emoção natural que surge como resposta a situações percebidas como ameaçadoras. Ele desempenha um papel essencial no desenvolvimento infantil, ajudando as crianças a identificarem riscos e se adaptarem ao ambiente. No entanto, quando essa reação se torna irracional, excessiva e persistente, pode evoluir para uma fobia, impactando negativamente o cotidiano e o bem-estar emocional da criança.
Enquanto o medo é temporário e proporcional ao estímulo, a fobia é um medo extremo e irracional de algo específico, como animais, lugares altos ou situações sociais. As fobias geralmente se manifestam por mais de seis meses e podem levar a comportamentos de evitação, dificultando interações sociais e atividades comuns. "Compreender a diferença entre medo e fobia é essencial para oferecer o apoio adequado à criança", afirma José Geraldo Gaurink Dias, diretor geral da Escola Siena, de Serra (ES).
O medo saudável, como o receio de estranhos ou do escuro, é esperado em determinadas idades e faz parte do amadurecimento emocional. Já as fobias, como o medo intenso de injeções ou de eventos sociais, podem desencadear sintomas físicos, como sudorese, tremores e taquicardia, interferindo no desenvolvimento social e acadêmico da criança.
Estratégias para lidar com esses desafios incluem validar os sentimentos da criança, criar um ambiente seguro e dialogar abertamente sobre seus medos. A exposição gradual ao estímulo temido, combinada com técnicas de relaxamento, também pode ajudar a reduzir a ansiedade. O uso de histórias infantis que abordem o enfrentamento de medos é outra ferramenta eficaz. "Incentivar a criança a compartilhar seus sentimentos e expor gradualmente seus medos contribui para que ela desenvolva resiliência emocional", complementa José Geraldo.
Nos casos em que o medo interfere significativamente no dia a dia ou evolui para uma fobia, a ajuda de um psicólogo infantil pode ser fundamental. A terapia cognitivo-comportamental, por exemplo, é uma abordagem eficaz que auxilia as crianças a reestruturarem pensamentos negativos e enfrentarem os estímulos temidos de forma segura e controlada.
Com o apoio adequado, as crianças podem aprender a superar seus medos, desenvolvendo uma relação mais equilibrada com suas emoções e ampliando sua confiança para enfrentar novos desafios. Para saber mais sobre medo infantil, visite https://leiturinha.com.br/blog/medo-alem-do-normal/ e https://www.vittude.com/blog/medo-infantil-como-trabalhar-psicologo/