18/10/2024
A redação do Enem é um dos momentos mais desafiadores da prova, exigindo não apenas conhecimento das normas da língua portuguesa, mas também uma visão crítica e bem fundamentada sobre temas contemporâneos. Para conquistar a nota máxima, é essencial seguir a estrutura dissertativo-argumentativa e elaborar uma proposta de intervenção clara. A preparação envolve práticas regulares de escrita, compreensão dos critérios de correção e leitura atenta dos textos de apoio fornecidos na prova.
A estrutura da redação é composta por três partes principais: introdução, desenvolvimento e conclusão. Na introdução, é importante apresentar a tese de forma direta, situando o tema e a ideia principal que será defendida. Já no desenvolvimento, o candidato deve construir argumentos sólidos, distribuídos em dois ou três parágrafos, sempre com base em exemplos, dados e informações que sustentem a posição adotada. A conclusão, por sua vez, é o momento de retomar a tese e apresentar uma proposta de intervenção. Essa proposta deve ser detalhada, indicando claramente quem realizará a ação, como será feita e qual o objetivo da solução proposta.
José Geraldo Gaurink Dias, diretor geral da Escola Siena, de Serra (ES), ressalta que “um bom domínio da norma-padrão e a capacidade de articular argumentos de forma coesa são diferenciais para alcançar a nota máxima na redação do Enem”. Ele ainda destaca a importância de os estudantes estarem atentos aos temas sociais e políticos, pois isso ajuda na construção de uma análise mais crítica e profunda dos temas propostos. Um dos erros que mais prejudicam os candidatos é a fuga do tema. Isso ocorre quando o texto não aborda diretamente a questão apresentada, resultando na perda de pontos ou até na anulação da redação. Outro ponto de atenção é respeitar a estrutura exigida: textos que não seguem o modelo dissertativo-argumentativo podem ser desclassificados. Além disso, é necessário evitar impropérios e garantir que o texto esteja dentro do limite de 7 a 30 linhas, mantendo-se sempre claro e objetivo.
Para se destacar, é fundamental que os candidatos dominem as cinco competências avaliadas. Essas incluem o uso correto da norma-padrão, a capacidade de compreender e analisar criticamente o tema, a organização coerente das ideias, a utilização adequada dos recursos linguísticos e a elaboração de uma intervenção viável para o problema discutido. Cada uma dessas competências é avaliada de zero a 200 pontos, e juntas, determinam a nota final da redação.
Treinar a escrita é uma das formas mais eficientes de se preparar. José Geraldo Gaurink Dias também aconselha os estudantes a “praticarem regularmente, analisando redações de sucesso de edições anteriores e buscando feedback para aprimorar seus textos”. A prática permite identificar pontos fracos e melhorar aspectos como coesão, clareza e argumentação.
Durante a prova, administrar o tempo é crucial. Ler atentamente a coletânea de textos de apoio pode ajudar na construção de uma visão mais ampla do tema. Em casos de dificuldade com o tema da redação, pode ser interessante iniciar pelas questões de múltipla escolha, voltando à redação com mais segurança. Uma revisão final antes de passar o texto a limpo garante que possíveis erros de gramática ou desvios do tema sejam corrigidos, aumentando a clareza e a fluidez do texto.
Com dedicação e prática, os estudantes podem desenvolver a habilidade de produzir uma redação de alto nível, pronta para alcançar a nota 1000 no Enem. Essa etapa do exame, embora desafiadora, é uma excelente oportunidade para mostrar domínio da escrita e uma visão crítica sobre os problemas do Brasil e do mundo.
Para saber mais sobre a redação do Enem, visite https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/enem/como-fazer-redacao-enem.htm e http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/40141-redacao-nota-mil