Entendendo o TDAH: como reconhecer os sinais em crianças e adolescentes

20/09/2024

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurobiológica que afeta milhares de crianças e adolescentes em todo o mundo. Caracterizado pela dificuldade de atenção, impulsividade e hiperatividade, o TDAH pode impactar tanto o desempenho escolar quanto o convívio social. Comumente diagnosticado durante a infância, o transtorno também pode acompanhar o indivíduo até a vida adulta, trazendo desafios que vão além da sala de aula.

Os sintomas do TDAH podem se manifestar de diversas formas. Na maioria das crianças, a desatenção é um dos sinais mais perceptíveis. Elas costumam ter dificuldade em manter o foco, frequentemente perdem objetos ou esquecem tarefas escolares e são facilmente distraídas por estímulos externos. Esse comportamento muitas vezes é confundido com desinteresse ou preguiça, o que pode gerar frustração tanto para pais quanto para educadores.

Por outro lado, a hiperatividade e a impulsividade também são características marcantes. Crianças com TDAH costumam ser muito inquietas, achando difícil permanecer sentadas por longos períodos ou esperar sua vez em atividades. Esses comportamentos, embora comuns em alguns estágios do desenvolvimento infantil, podem ser mais intensos e constantes em crianças com o transtorno. "É importante que pais e educadores entendam que o TDAH não é uma escolha de comportamento, mas sim uma condição que requer atenção especializada", afirma José Geraldo Gaurink Dias, diretor geral da Escola Siena, de Serra (ES).

O diagnóstico do TDAH deve ser realizado por um profissional especializado, como um psiquiatra ou neurologista, que analisará o histórico comportamental da criança e fará uma avaliação detalhada. Não existe um teste único para identificar o transtorno, e o processo geralmente envolve a colaboração entre pais, professores e o próprio paciente, quando possível. Para confirmar o diagnóstico, os sintomas devem estar presentes em mais de um ambiente (como em casa e na escola) e persistirem por pelo menos seis meses.

O tratamento para o TDAH é individualizado e pode incluir uma combinação de terapias comportamentais e medicação. O metilfenidato, conhecido como ritalina, é uma das medicações mais utilizadas para ajudar no controle dos sintomas, mas a abordagem terapêutica também é fundamental. Intervenções psicopedagógicas ajudam as crianças a desenvolverem habilidades de organização, gerenciamento do tempo e controle dos impulsos, essenciais para o sucesso acadêmico e social.

O apoio familiar também desempenha um papel crucial no tratamento. Criar um ambiente estruturado, com rotinas claras e consistentes, pode ajudar a criança a se sentir mais segura e concentrada. Além disso, reforçar comportamentos positivos e promover momentos de diálogo aberto são estratégias eficazes para o desenvolvimento emocional da criança.

O TDAH é uma condição desafiadora, mas com o suporte adequado e o tratamento correto, crianças e adolescentes podem alcançar todo o seu potencial. "É essencial que pais, professores e profissionais da saúde trabalhem juntos para entender as necessidades específicas de cada criança com TDAH, ajudando-a a superar as barreiras e a progredir de forma saudável", complementa José Geraldo Gaurink Dias.

Para saber mais sobre o TDAH, visite https://tdah.org.br/sobre-tdah/o-que-e-tdah e https://pequenoprincipe.org.br/noticia/tdah-o-que-e-e-sintomas-criancas-e-adolescentes